A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de São Paulo (Senai-SP) lançaram conjuntamente um Laboratório Cibernético e assinaram um Acordo de Cooperação Técnica. O evento ocorreu no Senai-SP de São Caetano do Sul e teve como objetivo fomentar a cultura de segurança cibernética, bem como capacitar e especializar recursos humanos nessa área.
Durante a cerimônia, estiveram presentes representantes de várias organizações, incluindo Carlos Erane de Aguiar, Diretor-Presidente do Sindicato Nacional das Indústrias de Defesa (SIMDE) e Diretor Titular do DESEG; Josué Gomes, presidente da Fiesp; Dagmar Cupaiolo, Diretor Adjunto do DESEG; e Carlos Rust, da Rusticom, empresa associada ao SIMDE.
Ricardo Terra, diretor regional do Senai-SP, ressaltou a importância de difundir a cibersegurança como tema relevante na estratégia nacional e para a capacitação de profissionais na área. Ele destacou que o acordo pressupõe ações no campo da educação, por meio de cursos presenciais e online fornecidos às empresas vinculadas à Fiesp e ao Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), além de consultorias e monitoramento de ativos.
O acordo tem como base a capacitação, prevenção e mitigação de ameaças cibernéticas na indústria. Dados da Estratégia Nacional de Segurança Cibernética (E-Ciber) confirmam a importância do reforço da segurança das empresas. Segundo o documento, em 2017, os crimes cibernéticos resultaram em prejuízos de US$ 22,5 bilhões. Nesse contexto, o Brasil é o segundo país com maior prejuízo em ataques cibernéticos.
O evento de lançamento incluiu a simulação de um ataque hacker a um sistema empresarial e a demonstração de como é feita a defesa. Essas simulações capacitam os profissionais a agir com agilidade e estratégia quando ocorrer um ataque. Segundo a pesquisa “Maturidade da Indústria – LGPD e Incidentes Cibernéticos”, realizada pela Fiesp e pelo Ciesp em 2022, 74% dos ataques cibernéticos visam bloquear a operação da empresa e 36% deles têm êxito.
O novo laboratório, no Senai-São Caetano do Sul, estará aberto para receber a indústria e atuará na capacitação e conscientização de profissionais a partir da elaboração de análises técnicas, relatórios e congêneres, além de simulações e exercícios variados, como CTF (Capture The Flag) que é uma modalidade de competição entre hackers para desvendar questões pertencentes à segurança da informação.
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